Caso
foi registrado na delegacia em 3 de julho de 1997, em Sorocaba, no
interior de São Paulo, e foi arquivado no Fórum. Célio de Lima Baptista
morreu meses depois do ocorrido; causa é desconhecida.
Na noite do dia 3 de julho de 1997, um matagal no bairro Vila Helena,
zona norte de Sorocaba (SP), foi palco de uma luta entre o homem e um
extraterrestre. Pelo menos é o que mostra o histórico do boletim de
ocorrência registrado naquela data
Na época, o vendedor autônomo e praticante de artes marciais Célio de
Lima Baptista, 26 anos, registrou o caso no 8º Distrito Policial como
lesão corporal causada por um ser de dois metros, magro e com olhos
vermelhos.
Ao menos na Justiça de Sorocaba, o caso foi o único a chegar ao Fórum e
arquivado no ano seguinte, sem a identificação do suposto "ET
briguento". O G1 procurou Célio para falar sobre o
caso, mas foi informado que o rapaz morreu meses depois do ocorrido.
Ufólogos que acompanharam de perto a história disseram que a causa da
morte do rapaz é desconhecida até hoje.
O G1 teve acesso ao histórico do boletim de ocorrência
da época, aos depoimentos anexados ao processo e resgatou uma reportagem
em que oito meses depois da ocorrência Célio desenhou o agressor e
explicou com detalhes o que passou. (assista abaixo)
Morador de Sorocaba registra boletim de ocorrência por agressão de extraterrestre
3 de julho de 1997
O vendedor voltava para casa com verduras quando o carro quebrou na Vila
Helena, zona norte de Sorocaba. Com medo de ter o veículo furtado, o
rapaz andou até a casa, deixou as compras e iria dormir no carro,
segundo o relato ao MP.
Vigias o tranquilizaram e disseram que olhariam o automóvel quebrado.
Por volta das 20h, uma luz teria aparecido no céu, mas a situação não
teria chamado a atenção do vendedor, por existir um aeroporto na região.
Célio Registrou boletim de ocorrência em Sorocaba, na época — Foto: Arquivo/TV TEM
O rapaz seguiu para casa e decidiu cortar caminho por um matagal, quando
apareceu a luz e a figura descrita por ele, na ocasião, como "um
esqueleto, sem carne, de cor inexplicável, mãos de pinças e olhos
vermelhos". Célio afirmou que tentou se proteger porque tinha
conhecimento de artes marciais.
"Ele queria falar alguma coisa, assim 'zen, rá, za', como se quisesse
falar e eu não entendia e minha língua já estava começando a ficar
pesada de medo. Eu não tirava o olho dele", afirmou célio à reportagem
da TV Globo, oito meses depois do ocorrido.
Rapaz desenhou ser magro e com olhos vermelhos que teria o atacado em Sorocaba — Foto: Arquivo/TV TEM
Ferimento no polegar
Conforme o relato ao MP, ele "sentiu algo no seu dedo [polegar direito]
mas só percebeu a perfuração profunda e seu nariz sangrando após o ser
ter desaparecido; que seu nariz sangrou só do lado direito, sentiu o
lado direito do seu corpo, da cabeça aos pés totalmente congelado."
Em seguida, conforme apurado pelo G1, Célio correu e
pediu ajuda para jovens, que avisaram uma senhora. A Polícia Militar o
encaminhou ao pronto-socorro da Vila Angélica, onde foi feito um
curativo no dedo.
No dia seguinte, ainda segundo o relato à promotoria, o rapaz foi levado
ao Instituto Médico Legal (IML), mas não havia médico. Entretanto, o
ferimento cicatrizou rápido.
"Se eu estiver em um estado de loucura ou estar delirando, nós vamos saber porque eu nunca tive problema", contou.
Boletim de ocorrência em Sorocaba foi registrado como lesão corporal — Foto: Arquivo/TV TEM
Versão do policial
O PM Mello, que atendeu Célio naquela noite, por volta das 22h, recebeu o
comunicado de agressão na rua Protássio de Camargo Sampaio.
No local, o rapaz estaria com um ferimento profundo no polegar e
apavorado. Ao abordar Célio, o PM perguntou quantas pessoas tentaram
assaltá-lo, mas o rapaz disse ser "um ser estranho".
O caso foi parar na delegacia. Quem estava de plantão era o delegado
José Ordele Alves Lima Júnior. Todos voltaram ao terreno, com tamanho
parecido com as dimensões de um campo de futebol, e sem iluminação.
A equipe apurou o local e verificou que não havia algo com o que Célio
pudesse se cortar, ainda segundo o registro do PM. A vítima não parecia
estar bêbada ou alcoolizada, afirmou o policial.
Ao G1, quase 22 anos depois, o delegado José Ordele lembra que atendeu o caso no plantão e registrou como lesão corporal.
São muitas pessoas
que viram discos voadores e confesso que já vi por uma vez. Tinham
outras três pessoas presentes", relatou a promotora à reportagem, em
1998.
O evento curioso despertou a atenção de ufólogos não só da região, mas
de todo o Brasil. Atualmente, o Grupo
"O rapaz me disse que tinha apanhado de um ET e coloquei isso no histórico do boletim de ocorrência."
Em entrevista à reportagem da época, a promotora Mara Silvia Gazzi
contou que o caso seria arquivado no Fórum e afirmou ter acreditado na
versão de Célio.
"Ele parece ser uma pessoa absolutamente normal, com uma coerência
assustadora nas declarações dadas depois de meses.
de Estudos e Pesquisas Ufológicas
de Sorocaba (GEPUS), formado por especialistas no assunto, estuda o caso
que continua um mistério.
Caso de agressão por ET foi arquivado em Sorocaba — Foto: Arquivo/TV TEM
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/videos/v/morador-de-sorocaba-registra-boletim-de-ocorrencia-por-agressao-de-extraterrestre/7300100/
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