sábado, 27 de julho de 2019

O caso ovni Morro Voturuá, São Vicente no litoral paulista






Morro Voturuá

Por Wallacy Albino

O primeiro avistamento ocorreu em 08 de julho de 2006, exatamente às 15h30, quando o grupo de instrutores de vôo livre – que tem sua sede no alto do Morro do Voturuá, localizado na divisa entre Santos e São Vicente – viram uma formação aérea com dezenas de esferas brancas que simplesmente surgiram do nada no céu. O caso, no entanto, só foi comunicado ao GEUBS recentemente, sendo investigado pela entidade logo em seguida.Essa primeira aparição foi registrada em vídeo pelo instrutor de vôo duplo Tuffy Elias Junior, 47 anos, piloto de grande experiência certificado pela Associação Brasileira de Vôo Livre, além de recordista sul-americano de vôo em distância. “O curioso é que a olho nu não se podia ver tantas bolas, mas através do zoom da filmadora consegui observar que existiam centenas daqueles estranhos objetos no céu”, declarou Tuffy. A parte mais interessante das filmagens feitas por ele são exatamente três esferas que permanecem fazendo algumas evoluções no céu, se aproximam umas da outras e formam um triângulo perfeito no ar, desfazendo-se logo em seguida e ficando exatamente uma ao lado da outra formando uma linha reta.

“Esses são movimentos que jamais poderiam ser resultantes da ação do vento pois, enquanto aconteciam, as outras esferas permaneciam estáticas”. Não foi a primeira vez que o professor teve avistamento ufológico. A primeira foi em 1973, quando viu uma pequena luz no céu noturno, que começou a se locomover e parecia uma estrela cadente. Pouco depois, no entanto, Tuffy percebeu que ela passou a fazer evoluções no ar e deslocamentos totalmente diferentes de qualquer fenômeno natural. “Ela se locomovia para logo em seguida parar. Depois voltada a andar de um ponto para outro numa velocidade impressionante”. A outra experiência de Tuffy foi em 1980, quando estava no Restaurante Terraço, no alto da Ilha Porchat, em São Vicente. Ele observou uma bola muito luminosa que se deslocava lentamente pelo horizonte. “Várias pessoas viram aquilo. Até os garçons pararam de atender os clientes e ficaram olhando aquela bola, que em seguida jogou um raio de luz azulada em direção ao mar, como se tivesse soltado algo naquele local”, afirmou.

O segundo caso brasileiro de flotillas que se conhece até o momento ocorreu em dezembro de 2006, por volta das 13h30, com céu claro e na mesma região já citada. Dessa vez, o instrutor de vôo Eládio Manoel do Nascimento, 51 anos, que também estava presente e testemunhou o primeiro caso, observou abaixo das nuvens – a cerca de 1.500 a 2.000 m de altitude, segundo sua estimativa – duas esferas enormes, cada uma do tamanho de um carro. “Elas eram brancas e giravam em torno uma da outra, simetricamente. E permaneceram naquele movimento por cerca de uns cinco minutos, até entrarem em uma nuvem e simplesmente desaparecerem do campo de visão”, declarou Nascimento.

A terceira ocorrência aconteceu mais recentemente, em janeiro de 2008, chegando ao conhecimento dos ufólogos. “Essa aparição realmente parecia uma invasão. Os objetos formaram três nuvens de esferas no céu. Era um domingo, o morro estava repleto de turistas na rampa [De decolagem] e todos testemunharam aquilo”, afirmou Nascimento. Ele contou à Equipe GEUBS que, junto dos colegas de vôo, tentou contar quantas esferas havia no ar. “Mas acabamos nos perdendo porque havia mais de 500 delas no céu. Elas foram aparecendo aos poucos e se juntando, até formarem os três grupos”, disse. Outra testemunha desta ocorrência foi Wagner Rodrigues Lopes, 29 anos, técnico em telecomunicações. “Eu vi a filmagem daquela frota de objetos no Peru, no site Youtube, e vi que era exatamente igual à que apareceu por aqui”, garantiu Lopes.

Durante a observação do fenômeno, Nascimento ligou para o comandante do Helicóptero Águia, da Policia Militar de São Paulo, que fica pousado na Base de Praia Grande, para relatar o fato. Foi atendido pelo tenente Rodrigues, que o informou que nada podia ser visto a partir daquele destacamento militar. Em seguida, Nascimento ligou também para a Base Aérea de Santos e falou com o oficial de plantão, que levantou a hipótese de se tratarem de balões meteorológicos. Ao ser informado pelo instrutor de vôo que havia no céu centenas de esferas de cor alumínio, e ao saber que a testemunha tinha conhecimento de meteorologia, o militar voltou atrás. Nascimento declarou ao plantonista da base que naquele momento o vento estava na direção sul, o que foi confirmado pelos equipamentos da base, mas que os objetos estavam em direção norte, voando contra o vento.

“Não é coisa desse mundo”. Enquanto falava com Nascimento, o oficial de plantão da Base Aérea de Santos chegou a entrar em contato com uma torre de controle de vôo, que a testemunha não soube qual era, e perguntou se estavam sendo registrados objetos estranhos pelo radar. A detecção foi negada, conforme ouviu o instrutor do outro lado da linha. Mediante a negativa, Nascimento disse ao militar da base que aquilo que estava acontecendo “não era desse mundo”. Espantosamente, o plantonista concordou: “não deve ser mesmo”. O avistamento durou cerca de 30 minutos, até que a maioria das esferas foi subindo até desaparecer, restando apenas quatro, que começaram a formar a letra Z no céu e logo depois um V. Wagner e Eládio também viram as flotilhas no Morro do Voturuá.

Os instrutores de vôo livre do Morro do Voturuá jamais irão esquecer a observação daquelas estranhas esferas brancas naquela tarde ensolarada, que surgiram misteriosamente no céu do litoral. Eles acreditam que o fato voltará a acontecer, e continuam com olhos atentos e à espera de novas flotillas. Wallacy Albino é presidente do Grupo de Estudos Ufológicos da Baixada Santista (GEUBS), funcionário público e consultor da Revista UFO. É autor do livro O Mistério dos Círculos Ingleses [Código LIV-012 da coleção Biblioteca UFO]. Seu e-mail é: wallacyalbino@uol.com.br e site: www.geubs.com.br.

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