"Há mais coisas no céu e na terra do que sonhas na tua filosofia, Horácio". A frase é de Hamlet, de Shakespeare, mas também se poderia aplicar ao pensamento de Joaquim Fernandes e ao seu mais recente trabalho: Ficheiros Secretos À Portuguesa – Avistamentos de Ovnis, fenómenos'impossíveis' e outros casos à espera de explicação, uma obra em forma de compêndio que engloba todos os casos mais pertinentes relacionados com a fenomenologia em Portugal desde a Segunda Guerra Mundial até aos dias de hoje.
Os OVNIS, porém, apesar de estarem constantemente associados a aparelhos aeroespaciais extraterrestre desde 1950, não têm de o ser necessariamente. Tecnicamente, um OVNI pode ser qualquer tipo de aparelho voador que não é facilmente identificável.
Desengane-se quem pense que Ficheiros Secretos À Portuguesa é uma compilação de teorias da conspiração e tentativas de explicar fenómenos misteriosos e complexos. Como explica Tomás George Silva, General Piloto-aviador e ex-chefe do Estado Maior da Força Aérea Portuguesa, que assina o prefácio, pretende "apresentar aos leitores os factos históricos e documentos relacionados com estes avistamentos insólitos, deixando-lhes a iniciativa de poderem tirar as conclusões que possam elaborar".
Será esta ideia que o professor e co-fundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa deseja provocar nos seus leitores: a abertura para o debate e para a consideração de múltiplas hipóteses sobre circunstâncias misteriosas que podem ser investigadas e reflectidas.
Relógios parados no aeroporto de Santa Maria
Sabia que em Julho de 1965 um objecto estranho foi fotografado a sobrevoar um aeroporto? Aconteceu no dia 10 de Julho de 1965 quando um objecto estranho voador sobrevoou a uma altitude moderada o aeroporto de Santa Maria durante 45 minutos. O insólito foi captado em fotografia e notícia no então vespertino Diário de Notícias, que escreveu que "um objecto de forma cilíndrica e cor branca se movia vagarosamente no sentido Norte-Oeste e a uma altura aproximada de 8000 a 1000 metros". No mesmo dia foi confirmado que os serviços meteorológicos dos Açores não lançaram qualquer balão-sonda no dia em questão e que os relógios electromagnéticos do aeroporto estiveram parados entre as 15h e as 15h45 – o período em que o aparelho pôde ser avistado no "céu límpido e excelentes condições de visibilidade.
Sabia que em Julho de 1965 um objecto estranho foi fotografado a sobrevoar um aeroporto? Aconteceu no dia 10 de Julho de 1965 quando um objecto estranho voador sobrevoou a uma altitude moderada o aeroporto de Santa Maria durante 45 minutos. O insólito foi captado em fotografia e notícia no então vespertino Diário de Notícias, que escreveu que "um objecto de forma cilíndrica e cor branca se movia vagarosamente no sentido Norte-Oeste e a uma altura aproximada de 8000 a 1000 metros". No mesmo dia foi confirmado que os serviços meteorológicos dos Açores não lançaram qualquer balão-sonda no dia em questão e que os relógios electromagnéticos do aeroporto estiveram parados entre as 15h e as 15h45 – o período em que o aparelho pôde ser avistado no "céu límpido e excelentes condições de visibilidade.
O avistamento foi testemunhado por várias pessoas no local. Um deles foi António Loureiro, a primeira pessoa a notar a presença do objecto e correspondente da agência noticiosa governamental ANI. "Todos os relógios existentes no aeroporto são comandados por um dispositivo electromagnético central", revelou, confirmando que os técnicos do aeroporto de Santa Maria ficaram surpreendidos "pelo facto de todos os relógios terem voltado a funcionar dez minutos depois de se terem imobilizado".
O objecto, que quase foi seguido por um avião da Companhia Açoriana de Transportes (desapareceu antes que o aparelho português tivesse alcançado altitude suficiente para o observar de perto), "parecia seguir uma rota predeterminada" e aparentava deslocar-se "pelos seus próprios meios".
Engenho tripulado na Base Aérea das Lajes e guarda desmaiado
Segundo o autor, o incidente no interior da Base Aérea das Lajes, amplamente divulgado na comunicação social da altura, foi investigado pelos militares, mas nunca se soube quais foram as conclusões do mesmo, além do "vazio documental" existente em relação ao caso do guarda das instalações militares Azores Air Station e o que este acredita ter sido um encontro imediato.
Segundo o autor, o incidente no interior da Base Aérea das Lajes, amplamente divulgado na comunicação social da altura, foi investigado pelos militares, mas nunca se soube quais foram as conclusões do mesmo, além do "vazio documental" existente em relação ao caso do guarda das instalações militares Azores Air Station e o que este acredita ter sido um encontro imediato.
Na Terceira, a 31 de Janeiro de 1968, Serafim Vieira Sebastião estava a ouvir o relato de futebol do jogo Setúbal-Sporting na rádio. Eram 22h quando o guarda, de 36 anos, começou a perceber que o aparelho transístor não estava a funcionar correctamente e desligou-o. "Senti muita impressão, depois tornei a ligar, vi que o aparelho não dava música nem se ouvia o relato", contou o próprio numa entrevista conduzida por Carlos Cruz para o programa Horizonte da RTP, em Fevereiro de 1968. "Depois fechei-o novamente, quando senti um zumbido, saí para fora do posto e vi ao lado esquerdo do posto do sítio de guarda um veículo, um objecto estranho, aproximar-se do paiol das munições."
Serafim Sebastião já se mostrava assustado nesta altura, tendo retornado ao posto para comunicar que tinha visto um objecto estranho na Base. Foi nesse momento que notou numa luz muito forte e clara a entrar pela janela e deslocou-se lentamente para a saída do posto. Depois viu-os (alegadamente). Viu dois seres dentro do veículo e dois já fora dele, vestidos com fatos de cor de chumbo. "E tão depressa acendi o foco para a projecção para eles, aquilo moveu-se tão rápido e senti logo uma projecção (…) uma luz muito forte. Tive de tapar a cara". Após ter coberto a cara e ter sentido algo como poeira a bater-lhe no rosto, o guarda perdeu os sentidos.
O guarda Serafim foi levado para o hospital para ser submetido a exames médicos físicos e psicológicos. Fora o susto e os sintomas derivantes que duraram algumas horas, encontrava-se saudável.
Mentalmente, concluiu-se que era um homem confiante, "que fala com convicção e seriedade" e que "não fazia qualquer esforço para convencer". "Quem quiser acredite e quem não quiser não acredite", reagiu Serafim Sebastião.
As suas roupas, porém, não foram analisadas.
Pouco tempo depois do "incidente", Sebastião foi despedido do serviço da Base Aérea e mudou-se para Angola com a família. Alguns anos depois, regressou à Terceira, onde dedicou-se à pesca com uma traineira, acabando por morrer num naufrágio perto da costa da ilha do Pico.
"Fenómeno nunca antes visto" na pacata aldeia de Santa Comba de Rossas
"O que eu vi ninguém me pode negar, se era um OVNI ou outra coisa qualquer, isso não sei. Só sei dizer que nunca vi nada parecido", desabafou Luís Jerónimo, uma das várias testemunhas de um fenómeno estranho que iluminou os céus de Santa Comba de Rossas, em Bragança, em 1999.
"O que eu vi ninguém me pode negar, se era um OVNI ou outra coisa qualquer, isso não sei. Só sei dizer que nunca vi nada parecido", desabafou Luís Jerónimo, uma das várias testemunhas de um fenómeno estranho que iluminou os céus de Santa Comba de Rossas, em Bragança, em 1999.
Era hora de almoço quando Jerónimo olhou para o céu por acaso, "sob um sol abrasador", e reparou em "algo estranho, muito luminoso, que reflectia o sol e pairava no céu". Intrigado, o homem correu para o seu café e chamou mais pessoas para a rua para o ajudarem de que se tratava aquilo. "Recorrendo a uns binóculos, deparou-se com um objecto que subia na vertical e que, em cerca de cinco minutos, se transformou no que parecia ser apenas uma estrela, acabando por desaparecer. " O avistamento durou 15 minutos.
O evento tão caricato na sossegada aldeia de Bragança atraiu a comunicação social, desde a agência lusa à SIC e Jornal de Notícias, que durante dias cobriu a situação e entrevistou Jerónimo e a sua esposa, Maria Adelaide. Estes descreveram o objecto como algo de cor de alumínio, mas também com tons de azul, esverdeado e amarelo. "Parece que estão sempre a duvidar…", queixou-se Maria Adelaide, preferindo não falar mais sobre o assunto no momento.
A situação motivou ainda uma investigação da GNR de Bragança, que se deslocou ao local para interrogar as testemunhas e apurou que o objecto desconhecido tinha uma forma "rectangular" e estava a um distância de 2 a 3 quilómetros, não tendo provocado qualquer efeito em pessoas, animais ou coisas, ou vistos quaisquer ocupantes". Além disso, os militares confirmaram junto das entidades de meteorologia da zona que não tinha sido lançado qualquer balão-sonda que pudesse ter atingido a região.
Poucas horas depois, em Fânzeres, Gondomar, José Fernandes, gerente de uma imobiliária, acompanhado por um colega, teve de parar o seu automóvel por volta das 17h45 para tentar perceber o que era o objecto que estava a avistar no céu. "Tinha a forma rectangular, achatada. Era cinzento e reflectia uma luz muito forte, seguindo na direcção Norte/Sul". Será que foi o mesmo OVNI que passou por Santa Comba de Rossas?
gostei do seu blog! continue assim...
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