Nas
célebres cartas do navegador Português do séc. XVI, D.Afonso de
Albuquerque, comandante da armada portuguesa na Índia, um volume
designado por "Cartas para El-Rei D.Manuel I", relata a
observação de um Objeto Voador Não identificado visto de um dos
barcos da sua armada.
O
estranho relato inicia-se na linha 26 da folha 15 do manuscrito:
"…
e aguardámos ali alguns dias que nos viesse tempo para
atravessarmos.
E
estando assim naquele lugar surto, contra a terra de Preste João,
nos apareceu um sinal no céu de uma cruz desta feição, mui clara e
resplandecente.
E
veio uma nuvem sobre ela. Chegando a ela se partiu em partes sem
tocar na cruz nem lhe cobrir de claridade.
Foi
vista de muitas naus e muita gente se assentou em giolhos e adorou e
outros com devoção adoraram com muitas lágrimas.
Mandei
tirar inquirição por todas as naus e a maior parte delas se
afirmaram verem o sinal da cruz estar por um bom espaço muito clara
de feição, e amostra que aqui vai e eu tomei daqui que a Nosso
Senhor aprazia fizermos aquele caminho que nos mostrava aquele sinal
para aquela parte por onde se havia por mais servido de nós.
E
como homens de pouca fé não ousamos de cometer o caminho, que creio
que as nossas naus de uma volta na outra o poderão haver.
E
pecou isto também por ser já homem velho, vadeado de condição e
inclinações dos homens, porque assaz descontentamento me ficou de
não cometermos aquele caminho, porque me pareceu que houvéramos
todavia a terra de Preste João da banda de além, onde fizemos a
Deus Vossa Alteza mui grande e mui assinado serviço, porque vejo o
feito da Índia levar um caminho como cousa endereçada por Deus."
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