Segundo estes, os feixes de luz confundiriam extraterrestres; o modelo se baseia numa técnica para observar planetas e estrelas distantes.
Dois astrônomos americanos sugerem usar raio laser para esconder a Terra de alienígenas.
Eles argumentam que, quando a Terra passa em frente ao Sol, há uma redução da luminosidade para quem observa o planeta de galáxias distantes.
Nesse momento, a Terra ficaria mais vulnerável a eventuais invasões de seres extraterrestres.
Sendo assim, feixes de laser serviriam para confundir os alienígenas, dizem os astrônomos.
Existe o temor entre alguns investigadores de que seres extraterrestres possam invadir a Terra e também trazer doenças letais.
Eles comparam uma eventual chegada dos alienígenas ao desembarque dos europeus no continente americano, nos séculos 15 e 16.
O contato dizimou as populações indígenas, que contraíram doenças até então desconhecidas.
David Kipping e Alex Teachey, da Universidade de Columbia, em Nova York, dizem acreditar que os lasers poderiam oferecer uma alternativa a esse cenário catastrofista.
A equipe liderada por eles calculou o que seria necessário para esconder a Terra e publicou o estudo na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
O modelo criado por Kipping e Teachey recorre à técnica que cientistas já usam para observar planetas distantes e outras estrelas.
O método se baseia em observá-los, na expectativa de registar o ovni passando bem na frente deles.
Quando essa "passagem" acontece, há uma redução significativa de luz.
A Nasa já identificou milhares de planetas dessa forma, usando o telescópio Kepler.
Kipping e Teachey acreditam que se o universo for povoado por alienígenas, eles poderiam usar a mesma técnica para observar a Terra.
Segundo os cálculos desenvolvidos pelos dois cientistas, emitir um laser contínuo de 30 megawatts por 10 horas, uma vez ao ano, seria suficiente para distorcer a redução de luminosidade da Terra quando passa em frente ao Sol, na hipótese de que o planeta estivesse sendo observado por um telescópio alienígena.
"Não seria preciso um laser gigante, poderia ser algo posicionado em torno da Terra.
Ou poderíamos colocá-lo em um satélite no espaço", disse Kipping à BBC.
Kipping admite, no entanto, que para abranger todos os comprimentos de onda, e não apenas as cores visíveis, seria necessário uma grande variedade de lasers ajustáveis com uma potência total de 250 MW.
Alternativa
O laser não seria, contudo, a única alternativa à sobrevivência humana.
Segundo os cientistas, aspectos da atmosfera terrestre poderiam ser usados como meios para disfarçar o fato que a Terra é habitada por humanos.
A chave estaria em gases como oxigênio, ozônio e metano.
"Se nós pudéssemos esconder essas bioassinaturas, a Terra apareceria como um mundo morto e eles (alienígenas) perderiam interesse rapidamente", acrescentou Kipping.
Segundo a teoria destes investigadores poderíamos deduzir que os extraterrestres poderiam estar a utilizar estes mesmos procedimentos para com a Terra a fim de não serem detectados.
Perante esta perspectiva a vida alienígena inteligente pode estar mais próxima de nós do que alguma vez se imaginou.
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