No dia 18 de junho de 1981, o Gosplan (Ministério do
Planejamento da ex-URSS) convocou uma reunião extraordinária. Na ocasião
estavam presentes diversos ufólogos, cosmonautas e autoridades soviéticas,
inclusive militares. Seu moderador foi o próprio chefe do programa espacial
soviético, General Georgi Timofeevict Beregovoy. Ao seu lado estava Vladimir
Kovalyonok, o cosmonauta que, em companhia de Viktor Savinikh, permanecera 77
dias no espaço, a bordo da estação Salyut-6, em 1981.
Na reunião, os cosmonautas teriam declarado que a
Salyut-6 fez contato com uma nave de origem desconhecida durante 4 dias (com
interrupções) que orbitou junto com ela, a uma distância de 400 km de nosso
planeta. O evento teria envolvido os astronautas, Kovalyonok e Savinikh, e três
seres desconhecidos a bordo do veículo misterioso que tinha a forma de uma
esfera e apenas a metade do tamanho da Salyut-6, de 16 metros de comprimento.
Segundo a descrição dos cosmonautas, o veículo também não
apresentava saliências como painéis solares, dos quais as espaçonaves normais
costumam extrair energia. As duas naves encontraram-se em 14 de maio de 1981,
quase no fim da prolongada estada dos dois astronautas russos.
No encontro, após uma breve introdução do general
Beregovoy, todos teriam visto um impressionante filme, um documento feito por
cosmonautas soviéticos durante o período em que as duas naves mantiveram
contato. O filme foi rodado através de uma das portinholas da Salyut-6. A nave
desconhecida, às vezes, aparece a uma distância de apenas 40m.
Conta a reportagem que os dois astronautas estavam
trabalhando em suas experiências científicas, após 75 dias de permanência no
cosmo, quando Kovalyonok observou um objeto esférico, surgindo de repente a uma
distância de mais ou menos 1.000 m, e alertou Savinikh. Ficaram algum tempo
observando através de duas portinholas separadas. Kovalyonok apanhou uma câmara
e rodou os primeiros fotogramas do que acabou se tornando um filme de 45
minutos. Ele não tinha a menor explicação plausível para o que estava
acontecendo. Com a ajuda de binóculos percebeu portinholas na outra nave.
Durante as primeiras 24 horas, isto é, todo o dia 14 de
maio de 1981, o objeto misterioso permaneceu em posição estacionária em frente
a Salyut-6, sem demonstrar sinais de vida. De repente, ao acordarem, no dia
cósmico seguinte, os dois astronautas viram a nave não identificada mais de
perto, a menos de 100 metros de distância.
Segundo os cosmonautas, a nave não identificada se movera
sem usar jatos, impulsos ou quaisquer outros recursos visíveis. Mesmo de perto,
não denotava nenhum deslize na sua superfície suave, uniforme, prateada. Os
astronautas identificaram uma série de janelas, 24 ao todo, em três níveis, e,
três cabeças de aparência humana atrás, respectivamente, de três portinholas.
Pelas janelas, puderam observar seres que usavam
capacetes leves, parecidos com capuzes apertados, tendo, assim, os rostos
parcialmente cobertos. Mas três quartas partes das faces eram visíveis através
de visores transparentes. Tinham sobrancelhas compridas, grossas e narizes
retos. Mas o que mais impressionou os cosmonautas foram os olhos – enormes,
azuis, duas vezes maiores que os dos humanos – fixos, sem mostrar o menor sinal
de emoção. Nenhum músculo se mexia nos seus rostos.
Representação do Objeto
Mais tarde, no mesmo dia, e durante o dia seguinte, como
os seres se mostravam amistosos, dispostos a entrar em comunicação, Kovalyonok
teria pedido autorização à Terra para estabelecer contato mais imediato.
Recebeu permissão para tentar trocar mensagens visuais, mas perguntando sobre a
possibilidade de um contato físico, o controle da missão respondeu com um NYET.
Os cosmonautas
estavam se sentindo perfeitamente à vontade ante o comportamento muito humano
dos estranhos, cuja nave mudava de posição frequentemente, sem dificuldade.
Numa ocasião chegou a distar 30 metros da estação soviética. Os astronautas
podiam não só ver os estranhos, mas também observar seus movimentos, que
pareciam humanos, embora muito rígidos, mecânicos e artificiais.
Os cosmonautas, então, teriam aberto um grande mapa
celeste próximo à portinhola. A carta mostrava nosso sistema solar no centro.
Kovalyonok se admirou quando um dos seres puxou seu próprio mapa. Kovalyonok
viu o sistema solar num lado. Não restava dúvidas que eles estavam equipados
com os mapas de navegação de absoluta exatidão e apontavam para a parte de
nossa Galáxia com toda a precisão. Kovalyonok fez um sinal, pondo o dedo
polegar para cima, e o estranho ser, sem sorrir, fez a mesma coisa. Em seguida,
a nave deles se afastou a uma velocidade muito alta. Na órbita seguinte, estava
de volta. Ela se afastou seis vezes, ao todo, jamais por uma razão aparente.
Usando uma lanterna potente, Kovalyonok teria tentado se
comunicar, primeiro em russo, através de Código Morse, sinalizando:
“Cosmonautas soviéticos saúdam visitantes à Terra”. Os estranhos seres não
entenderam. Tentou então uma mensagem em inglês: “Are you receiving us? “,
também em Morse. Nenhuma resposta. Então ele tentou uma figura matemática,
usando uma luz breve para ZERO e uma longa para UM, e sinalizou o número
101101. Logo depois veio um sinal luminoso em resposta. A mensagem não era
apenas mera repetição da cifra de Kovalyonok e foi decifrada com sendo um
logaritmo da base usada por Kovalyonok.
No dia seguinte, os
seres teriam saído da nave e andado pelo espaço. Tinham mais ou menos dois
metros de altura e usavam a mesma roupa. Os cosmonautas teriam então pedido
permissão para também saírem, o que lhes foi negado. No quarto dia a nave
desapareceu.
Por alguma razão, segundo o relato reproduzido pela Revista Manchete,
Kovalyonok e Savinikh haviam se acostumado àqueles seres estranhos, silenciosos
e ante emotivos.
Viktor Savinikh e Vladimir Kovalyonok.
Apesar da importância que um evento desses teria, vindo a
público e se confirmado verdadeiro, muito pouco repercutiu a bombástica
reportagem da Revista Manchete. Nem mesmo a própria fez muito alarde após isso,
o que contribuiu para ter deixado o episódio — e até se uma eventual
investigação teria sido levada a cabo para revela-lo — totalmente no
obscurantismo…
.
Fonte: www.vigilia.com.br
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