"Mas tivemos uma grande surpresa: há muito mais gás de carbono do que o esperado. Há algo muito diferente em andamento". A pesquisa, publicada na edição desta semana da revista Nature, sugere que ou asteróides e cometas riquíssimos em carbono, diferentes de tudo que existe no nosso sistema, se desintegraram, ou que corpos exalando gases com carbono, como o metano, contribuem para o excesso.
Discos de pó e gás, ao redor de estrelas, são o berçário dos sistemas solares. A co-autora do estudo, Alycia Weinberger, explica que "como não podemos observar como o nosso sistema solar era há 4,5 bilhões de anos, procuramos estrelas jovens, para aprender sobre a evolução dos discos que formam planetas. No final, queremos entender os processos e ambientes astronômicos que levam ao surgimento de vida".
A estrela Beta Pictoris tem quase duas vezes a massa do Sol e idade entre de 8 milhões e 20 milhões de anos. Segundo Roberge, a existência dos discos de poeira intrigava os astrônomos, já que a radiação da estrela deveria soprar as partículas para longe. Uma hipótese proposta sugeria que uma grande massa de gás, talvez hidrogênio, contivesse a dispersão. Agora, os autores do novo trabalho acreditam que o material que segura o disco pode ser carbono.
O mistério, agora, é de onde vem o carbono. Os astrônomos compararam a taxa do elemento no gás ao redor de Beta Pictoris e na causa do cometa Halley - visto como um remanescente da origem do nosso sistema. "Não combinou", diz Roberge.
Inf - Tecnociência
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