terça-feira, 1 de agosto de 2017

QUATRO PIONEIROS PORTUGUESES DOS MISTÉRIOS DO COSMOS

Prof. Joaquim Fernandes
Veja por aqui uma súmula do pensamento criativo destes nossos inovadores que anteciparam novas ideias e descobertas do Infinitamente Grande.
Descubra-os na obra "Moradas Celestes. O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa" (Lisboa, Âncora Editora).    

1. O pioneiro da noção de gravidade: António Luís (n. Lisboa, ca.1480 – m. 1565). o texto que consta do Proémio do Livro Segundo da obra De Occultis Proprietatibus, publicado por António Luís em 1540: “É esta força a que liga com invisíveis laços o mundo, fazendo que todas suas partes, posto que situadas a grandíssimas distâncias, se contenham em seus lugares, e deles se não arredem”.
2. O padre António Vieira, o famoso pregador e “ imperador da língua portuguesa”, não acreditou que o céu fosse azul antes da primeira explicação científica fundamentada para tal facto: a cor azul do céu foi dado pelo físico inglês John Tyndall (1820-1893), em 1869, ao estudar o espalhamento de um feixe de luz por um meio contendo pequenas partículas suspensas.
3. 3. O clérigo teatino Rafael Bluteau (1638-1734) que nasceu em Londres mas se tornou português afetivo, antecipou a existência dos satélites de Marte, antecipando-se ao próprio Jonathan Swift que, em 1727 falara neles na sua descrição das Viagens de Gulliver. De facto, Bluteau no tomo V do seu Vocabulário português e Latino, no verbete relativo a Marte, com data de 1716 alude aos satélites. Ou seja, 11 anos antes da antecipação ficcionada de Swift e 161 anos antes da observação óptica de Asaph Hall.
4. A Marquesa de Alorna, aka Leonor de Almeida (1750-1839), a futura “Stael Portuguesa”, com aplauso de Herculano, foi cultivando uma poesia didática e científica durante o seu cativeiro do Convento de Chelas. Nessa cumplicidade cósmica, tecida num secreto enlace entre os organismos mais simples aos mais complexos, revela-se uma primeira cultora da tese da transmigração das almas e da reencarnação, quando sonha peregrinar, de “estrela em estrela”, depois de deixar este mundo.


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