Um empresário paulista viaja pela rodovia Fernão Dias em
manhã de janeiro de 1996. A poucos quilômetros da entrada principal de
Varginha, no sul de Minas Gerais, ele se assusta ao ver um grande objeto
voador, a menos de 20 metros de altura, atravessar o seu caminho, soltando
fumaça, e se espatifar a quase dois quilômetros depois, a sua esquerda, atrás
de uma densa mata.
A versão, pouco conhecida, ocorreu em 13 de janeiro de
1996 e é considerada hoje o marco inicial do chamado Caso Varginha, que
documenta a suposta queda de um disco voador em uma fazenda da cidade, cujos
destroços teriam sido recolhidos por soldados do Exército.
Até então imaginava-se que o caso surgiu a partir do
suposto avistamento de seres extraterrestres no bairro de Jardim Andere, uma semana
depois, em 20 de janeiro, quando três meninas disseram ter visto um ser de
aparência humanoide perto de um casebre desocupado.
O relato das ocorrências do dia 13 foram feitos pelo
empresário e piloto de ultraleve Carlos Souza, de São Paulo, e estão
registrados no livro "Varginha - Toda a Verdade Revelada", do
pesquisador e palestrante carioca Marco Antônio Petit, publicado no ano passado
pela Biblioteca UFO. Ele continua as investigações mesmo tendo passados 20
anos.
A obra resume os 20 anos de investigações sobre o Caso
Varginha e traz algumas informações novas e muitos documentos inéditos.
"Ainda estamos longe de concluir e de revelar o que realmente ocorreu em
janeiro de 1996, mas avançamos bastante desde então e nunca paramos de tentar
furar o esquema de acobertamento do Exército e de várias autoridades
brasileiras", diz o autor.
Os ETs de Varginha só ganharam notoriedade no segundo
semestre daquele ano, quando a grande imprensa tomou conhecimento de vários
detalhes pouco conhecidos até então. O primeiro avistamento de um ser, no dia
20 de janeiro, foi desprezado à época aparentemente porque os depoimentos das
três adolescentes não foram levados a sério.
Quando, no entanto, jornalistas ficaram sabendo de que
outra testemunha teria visto um ser no mês de abril de 1996, Varginha se tornou
o centro de uma corrida por informações daquele que viria então a ser
considerado pelos ufólogos o mais importante caso da ufologia mundial, no mesmo
nível do de Roswell, em 1947 -- quando supostamente uma nave espacial com dois
tripulantes mortos teria caído naquela cidade do Texas, nos Estados Unidos. O
Exército dos Estados Unidos, que teria acobertado o caso e recolhido destroços
e corpos, nega a ocorrência.
"Não restam dúvidas de que o caso é importantíssimo,
até porque não há notícia na história da ufologia de um caso tão bem
documentado e com depoimentos de tantas testemunhas que ou viram os ETs ou
participaram, de alguma forma, da captura, do recolhimento de destroços ou do
processo de acobertamento", diz Petit. "Entretanto, ainda hoje, só dá
para ter certeza de uma coisa: alguma coisa importante aconteceu em Varginha
entre 13 de janeiro e o fim daquele mês, dada a movimentação intensa das tropas
do Exército."
De acordo com Petit, é possível falar em ao menos quatro
criaturas vistas e/ou capturadas entre janeiro e abril de 1996, uma delas na
manhã do 20 de janeiro, em uma caçada empreendida por soldados do Corpo de
Bombeiros horas antes de as três adolescentes terem se deparado com um ser
agachado perto de um casebre.
Na mesma noite, segundo o pesquisador, um segundo ser foi
detido por policiais militares em um local próximo ao centro da cidade -- um
deles, Marco Eli Chereze, que teria capturado a criatura sem proteção, morreu
misteriosamente meses depois. Sua morte ainda permanece sem uma explicação
considerada satisfatória, segundo depoimentos de parentes do policial ao autor
do livro.
Petit apurou que as duas criaturas foram levadas para
hospitais da cidade para análises preliminares. Em seguida, levadas em
caminhões do Exército para a ESA (Escola de Sargentos das Armas), na vizinha
Três Corações, e de lá, no dia seguinte, para Campinas provavelmente para a
Unicamp (Universidade de Campinas). As suspeitas dos ufólogos brasileiros é de
que todo o material tenha sido levado para os Estados Unidos.
"Gravei depoimentos em vídeo com militares
brasileiros que participaram de toda a operação e que dão detalhes de tudo - -e
que não hesitam em confirmar: eram seres extraterrestres e houve uma queda de
uma espaçonave. Também tenho depoimentos de civis. Não posso divulgá-los por
questões éticas, pois eu me comprometi com o sigilo, já que as consequências
podem ser graves para os envolvidos", explica o pesquisador.
As três adolescentes que dizem ter avistado um ser no
Jardim Andere - as irmãs Liliane e Valquíria Silva, na época com 16 e 14 anos,
e Kátia Xavier, 21 - mantêm suas versões com convicção e impassíveis diante de
chacotas e tentativas de desqualificação e garantem ter visto um ET.
O Exército sempre negou qualquer ocorrência do tipo em
Varginha, assim como os médicos supostamente envolvidos nos dois hospitais da
cidade e os policiais e bombeiros varginhenses.
Em nota oficial enviada por e-mail, o Exército brasileiro
mais uma vez nega o caso, apesar do texto evasivo e inconclusivo:
"A respeito do assunto de sua mensagem [participação
de soldados na captura de ETs], o Exército Brasileiro informa que determinou a
abertura de processos investigatórios sobre o assunto, nos anos de 1996 e 1997.
Tais procedimentos resultaram na instauração de um IPM (Inquérito Policial
Militar), o qual foi encaminhado, naquela ocasião, à Auditoria da 4ª
Circunscrição Judiciária Militar, em Juiz de Fora (MG). Não há documentos que
tratem sobre assuntos de Ufologia nos arquivos do Exército Brasileiro."
Fonte: UOL
Tem muita coisa obscura nesse caso de Varginha.
ResponderEliminarTem muita coisa obscura nesse caso de Varginha.
ResponderEliminar