Pelas mãos da jovem secretária passaram as cartas de pioneiros da ufología espanhola como Óscar Rei Brea e José María Casas Huguet, entre outros, bem como as de um dos primeiros contatados da história deste país, Enrique D. Guindos de Cepeda, quem afirmava ter mantido contato telepático com um habitante do planeta Vénus em Rodada (Málaga), em dezembro de 1954.
Um dos primeiros em freqüentar as tertulias –e também um dos mais polêmicos– foi o enfermeiro madrilenho Alberto Sanmartín.
O 17 de novembro de 1954 assegurou ter recebido das mãos de um extraterrestre uma pedra procedente do espaço.
Tinha forma rectangular e várias inscrições em uma de suas caras.
O assunto da pedra atraiu a mais curiosos à Baleia Alegre e gerou um sinfín de especulações sobre o significado daqueles símbolos geométricos.
Em janeiro de 1991, Hilde revelou a Javier Sierra uma conversa que tinha mantido com Alberto Sanmartín (em presença de Fernando Sesma) dantes de que este último embarcasse rumo a Brasil, país onde residiu até sua morte em 1982. “Sesma, que suspeitava algo raro, pressionou a Sanmartín para que contasse a verdade sobre a origem da `pedra do espaço´ –me explicou Hilde–. Ao final, pressionado, o enfermeiro confessou que o `mensageiro sideral´ não tinha sido um homem loiro de cabelos longos e macaco cingido ao corpo.
Em realidade o que tinha ocorrido é que tinha ido a dançar com sua noiva e, já de madrugada, quando voltava a sua casa, se separou dela à altura da Moncloa.
Ali perdeu o conhecimento e apareceu na ponte dos Franceses, na Cidade Universitária. Quando acordou viu, atónito, que tinha em suas mãos uma misteriosa pedra com umas inscrições”.
Apesar da mentira de Sanmartín, Hilde Menzel achava que a pedra podia ocultar um verdadeiro mistério.
“Na véspera ou a mesma noite na que o enfermeiro se acordou com aquela pedra de origem desconhecido na mão, a esposa de Fernando Sesma teve um enigmático sonho.
Sonhou que se encontrava na Cidade Universitária e que tinha muitas luzes no céu.
De repente, uma delas se acercou e se converteu em um objeto com forma de lenteja e aspecto nacarado.
De seu interior saiu um homem luminoso e com sua mão arrancou um pedaço da nave. Em seguida entregou-lho à esposa de Sesma e disse-lhe: `Com isto tendes a primeira pedra da primeira porta´. Devo aclarar que a mulher de Sesma nem cria em ovnis nem se interessava por eles”.
Esta estranha conexão entre o sonho da esposa de Sesma e a pedra de Sanmartín manteve o mistério acendido.
Aquele mesmo 17 de novembro de 1954 fundou-se oficialmente BURU, ainda que Sesma e seus amigos não conheciam ainda a história de Sanmartín.
É mais, a enigmática pedra incentivou a Hilde Menzel em sua empenho de entender a origem e a lógica dos “visitantes do espaço”.
A hispano-alemã tinha sua própria interpretação para a pedra, entre as muitas que surgiram então.
Os símbolos nela representados parecem mostrar a forma de uma mulher com um ventre abultado, quiçá grávida.
Um símbolo cósmico de fertilidad?
Para Menzel, “a Terra tem sido colonizada por seres de diferentes planetas, isto é, de diferentes raças e estados de evolução.
A prova disso se encontra na Biblia. Não todos os extraterrestres são anjos.
Os que chegaram possuíam um alto grau de desenvolvimento e seguiam as leis cósmicas”.
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Tradução Espanhol / Portugues
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