terça-feira, 6 de maio de 2014

Estamos preparados para um encontro com extraterrestres mais inteligentes do que nós?

Projeto de busca por inteligência extraterrestre (sigla SETI em inglês) é uma iniciativa que começou nos anos 70, com o patrocínio da NASA, mas que evoluiu com a colaboração de milhões de internautas que auxiliam no processamento dos dados provenientes do rádio telescópio de Arecibo (Porto Rico), o qual executa alguns dos rastreamentos espaciais.


Agora, os membros deste projeto controverso pretendem ir mais além e não só buscar sinais alienígenas, mas também enviar sinais da Terra de forma ativa, para que sejam detectados por possíveis civilizações extraterrestres.  Astrofísicos como Stephen Hawking já advertiu sobre o risco que a humanidade pode correr, atraindo seres com uma tecnologia mais avançada e com intenções duvidosas.

O conhecimento que o público formado tem do cosmos e de nosso lugar nele é escasso, segundo estudo
As implicações éticas e sociológicas desta proposta têm sido analisadas pelo neuropsicólogo Gabriel G. de la Torre, professor da Universidade de Cádiz (Espanha) e participante de projetos como o Mars 500, financiado pela Agência Espacial Europeia, o qual pergunta: “Pode-se tomar uma decisão assim em representação a todo o planeta? O que ocorreria se êxito for obtido e ‘alguém’ receber nosso sinal? Estamos preparados para um contato deste tipo?“

Para responder a estas perguntas, o professor enviou um questionário a 116 estudantes universitários dos EUA, Itália e Espanha.  Mediante a enquete foram avaliados seus conhecimentos de astronomia, seus graus de percepção do entorno físico, suas opiniões sobre o lugar que as coisas ocupam no cosmos, assim como questões do tipo religioso (“Você crê que Deus criou o Universo?”, por exemplo), ou sobre a possibilidade de contato com extraterrestres.

Os resultados, que foram publicados na revista Acta Astronautica, indicam que, como espécie, a humanidade, todavia não está preparada para contatar ativamente com uma suposta visitação alienígena, já que faltam conhecimentos e preparação das pessoas.  Por esse motivo se recomenda que os investigadores do SETI busquem estratégias alternativas.

A melhor ferramenta é a educação
“Este estudo piloto vem a demonstrar que o conhecimento que o público em geral, de certo nível educativo, tem do cosmos e de nosso lugar nele é muito escasso. Assim, deve-se promover uma consciência cósmica – onde nossa mente seja cada vez mais consciente da realidade global que nos rodeia – através da melhor ferramenta que temos disponível: a educação“, afirmou De La Torre. “Neste sentido, nos faz falta um novo Galileu que abra este caminho.”

Dentre os questionários, que logo estará disponível uma lei para todo o mundo, se deduz que os universitários e o resto da sociedade desconhecem muitos dos aspectos astronômicos, apesar dos enormes avanços da ciência e da tecnologia.  A enquete também revelou que a maioria das pessoas julga estes temas segundo suas crenças religiosas e que confiariam nos políticos caso houvesse uma grande crise de escala planetária que tivesse que ser resolvida.

“A respeito da nossa relação com uma possível vida extraterrestre inteligente, não deveríamos nos embasar em referências morais de pensamento, já que estes padrões estão muito influenciados pela religião. Por que os seres mais inteligentes devem ser bons?“, complementou o investigador, que considera que este assunto não deveria ser monopolizado por um punhado de cientistas. “Realmente, se trata de um tema global, com forte componente ético, no qual participamos todos.”

4 comentários:

  1. "Por que os seres mais inteligentes devem ser bons?"- Talvez (é apenas uma hipótese) porque, sendo muito mais evoluídos tecnologicamente ( não falo de 100 nem 200 anos mais), se fossem "mauzinhos", de pouca ética e teimosos como nós somos, então já teriam aniquilado o seu habitat e destruído a sua própria espécie, quer através de guerras ou de outra forma, e, por isso, não estariam aqui para contar nada... ( e nós ou damos o mesmo salto que eles deram ou iremos nos extinguir... Vamos ver o que acontece!).

    "A melhor ferramenta é a educação"- inclusivamente para estes cientistas que referem que o público é basicamente ignorante... Penso que eles também precisam de aprender algumas coisas... E mais não digo!

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  2. E quem disse que somos inteligentes???????????

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    1. Somos uma cambada de ignorantes que nos entregamos a crenças baseadas no que aprendemos nas escolas.
      Mas existe muito mais do que os professores nos explicam e até os cientificos.
      Sobre Fatima, desculpem as minhas palavras. Mas foi tudo balela da igreja.
      Estou concito de que se tratou de uma tentativa de contacto, mas a estupida presença de militares no local fez com que esse pouso de supostas naves não ocorresse.

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  3. Não me parece que por aprendermos na escola, passemos a ser ignorantes, ehehe.
    Toda a forma de educação é um condicionamento, mas a humanidade ainda é muito diversa e ainda não surgiu melhor forma de cultivar as pessoas.
    Também não seria expectável que a Terra fosse abitada apenas por Einsteins.
    Não precisamos de estar preparados.Ninguém nos pode prepara porque ninguém conhece os visitantes.Então,um cego a mostrar o caminho a outro,só por anedota.
    Quando chegarem,veremos.
    Quando se fala em estar preparado, referem-se à maioria ou ao cidadão médio, presumo. Se os ET's vierem com intenção de nos devorar, nunca irei estar preparado.
    À partida, eles não estão interessados no contacto. Podemos especular que é devido a diferenças acentuadas na morfologia corporal, o que causaria repulsa ou suficiente rejeição, para que pudessem interagir conosco. Poderão ser mil outras razões. Inclusive podem estar a cumprir a agenda referida pelo Dr.David Jacobs,que apesar de terrestre, é um pouco lunático, :)
    Quanto ao comentário acima, peço ao estimado comentador que esclareça o que é balela. A senhora que é relatado ter aparecido? As palavras da senhora? O quê exactamente.
    Temos que ter presente que a colagem da Igreja ao fenómeno é posterior. Numa primeira fase, os interrogatórios até foram bastante intimidatórios para as crianças.

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