Prof. Joaquim Fernandes |
Nem tudo são cinzas, marcas de aleivosia e crassa ignorância. E nesta urgência em que se reclamam atos de superação e sabedoria, há notícias consoladoras, balsâmicas, que contrariam a marcha funérea das legiões bárbaras. "Boas notícias, boas notícias" - eis o lema que aqui se institui, em contraciclo ao ditame clássico de teses comunicacionais que elegem o Mal como razão e alimento dos média. Bem os reconhecemos hoje, entre nós, em dramas continuados e intensivos, de que a sua bulimia catastrófica depende.
Entre o céu e a terra vão-se multiplicando, enfim, sinais de conforto para a humana espécie. Nas vastas searas do espaço interestelar, no vizinho sistema trinário da Proxima Centauri, a "apenas" a 4,25 anos-luz, um novo mundo "terrestre" desponta e oferece-se às cogitações dos cientistas e do futuro. O exo-planeta mais próximo de nós, em zona habitável e à distância de uma viagem de 20 anos, segundo o Projeto Starshot, fundado pelo bilionário russo Yuri Millner, que encara o envio de uma nanossonda exploratória ao eventual novo Éden, habitado pelos nossos vindouros colonos. Sem maçãs nem serpentes, espera-se...
Cá pela superfície novos aditamentos tecnológicos abrem inusitadas vias de sustentabilidade ao maltratado planeta que herdamos: há quem planeie que os fungos sejam agentes ativos na reciclagem das baterias de lítio recarregáveis. Um exército amigo do infinitamente pequeno para nos ajudar a reverter alguns danos no ecossistema. No mesmo sentido, avança a proposta de conversão do dióxido de carbono em combustível precioso e inócuo por ação do silício, o segundo elemento mais abundante à superfície terrestre, nas minas abertas das nossas praias.
Em plena "silly season" há sinais de vida inteligente. "Lux in umbra" - diriam os latinos.
Crédito - JN
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