“Cultura opõe-se a natura ou natureza, isto é, abrange todos aqueles objectos ou operações que a natureza não produz e que lhe são acrescentados pelo espírito (...). A religião, a arte, o desporto, o luxo, a ciência e a tecnologia são produtos da cultura.”António José Saraiva em "Cultura", colecção “O QUE É”, Difusão Cultural, 1993.
Quero começar o ano com algo completamente diferente, como dizem os Monty Phyton.
Não é meu costume escrever sobre relatos de OVNIs. Creio que é a primeira vez que o faço no tempo que este blogue já leva, desde Março de 2007.
Apesar disso, confesso que sempre fui um curioso do tema.
Acompanho há muitos anos os livros principais que vão sendo publicados, em Portugal ou no estrangeiro e julgo conseguir já diferenciar o trigo do joio, o trabalho sério do lixo.
E há muito lixo, infelizmente.
Um dos melhores livros publicados em 2010 sobre o tema, chama-se UFOs- GENERALS, PILOTS, AND GOVERNMENT OFFICIALS GO ON THE RECORD, da jornalista americana Leslie Kean. Na capa do livro, há esta frase de Michio Kaku: “Finalmente, um livro sério e cuidadoso acerca deste assunto controverso.
Cépticos e crentes nele encontrarão um tesouro de informação reveladora e perspicaz.
Este livro está destinado a definir um novo padrão de exigência para a pesquisa sobre os OVNIs”.
Uma das preocupações fundamentais quando se lê um livro com este tema, é saber quem são os “bichos” que os escrevem e o porquê.
Quais as motivações.
A jornalista Leslie Kean faz parte de um grupo “liberal”, da esquerda americana, o CFI – Coalition for Freedom of Information, e certamente por isso, o prefácio é assinado por John Podesta, um político influente, ligado às administrações de Clinton e de Obama, que contribuiu para a “desclassificação” e abertura ao público de muita documentação sobre os OVNIs.
Mas apesar de uma motivação política nada ingénua, há muita qualidade no trabalho apresentado, pois privilegia os factos, as provas e os depoimentos directos sobre as opiniões e os juízos, ou seja, é um livro bem feito e “sério”, como diz o – para mim insuspeito – conhecido divulgador científico, Michio Kaku.
E é isso que nos importa.
O capítulo quatro do livro chama-se “Circled by a UFO by Captain Júlio Miguel Guerra” e é escrito pelo próprio, na primeira pessoa.
O fenómeno ocorre numa manhã luminosa, sem nuvens, a 2 de Novembro de 1982, sobre o avião militar do então Capitão da Força Aérea Portuguesa, Júlio Miguel Guerra [mais tarde transferiu-se, em 1990 e após 18 anos de serviço, para a Portugália].
O seu avião foi circundado, ao mesmo tempo que se deslocava, por um OVNI, durante vários minutos, a Norte da cidade de Lisboa.
Outros dois pilotos de aviões militares, que se encontravam em voo e se aproximaram, testemunharam o acontecido. Em 1983 a Força Aérea Portuguesa promoveu uma investigação, com um grupo de cerca de trinta académicos e cientistas, sobre o caso.
Na altura o Chefe do Estado Maior da Força Aérea era o General Lemos Ferreira, ele próprio testemunha de um avistamento OVNI, em 1957.
Vale a pena ler o livro, que na Amazon se encontra com facilidade, quanto mais não seja pela narrativa de Júlio Miguel Guerra e pelo seu desenho daquele estranho objecto.
Gostaria ainda de sublinhar a coragem de Júlio Miguel Guerra, não apenas pela sua presença de espírito demonstrada naquele dia de 1982, mas também agora por vir a público.
Ricardo Esteves
Modelo de avião idêntico ao pilotado por Júlio Miguel Guerra. |
Não é meu costume escrever sobre relatos de OVNIs. Creio que é a primeira vez que o faço no tempo que este blogue já leva, desde Março de 2007.
Apesar disso, confesso que sempre fui um curioso do tema.
Acompanho há muitos anos os livros principais que vão sendo publicados, em Portugal ou no estrangeiro e julgo conseguir já diferenciar o trigo do joio, o trabalho sério do lixo.
E há muito lixo, infelizmente.
Um dos melhores livros publicados em 2010 sobre o tema, chama-se UFOs- GENERALS, PILOTS, AND GOVERNMENT OFFICIALS GO ON THE RECORD, da jornalista americana Leslie Kean. Na capa do livro, há esta frase de Michio Kaku: “Finalmente, um livro sério e cuidadoso acerca deste assunto controverso.
Cépticos e crentes nele encontrarão um tesouro de informação reveladora e perspicaz.
Este livro está destinado a definir um novo padrão de exigência para a pesquisa sobre os OVNIs”.
Uma das preocupações fundamentais quando se lê um livro com este tema, é saber quem são os “bichos” que os escrevem e o porquê.
Quais as motivações.
A jornalista Leslie Kean faz parte de um grupo “liberal”, da esquerda americana, o CFI – Coalition for Freedom of Information, e certamente por isso, o prefácio é assinado por John Podesta, um político influente, ligado às administrações de Clinton e de Obama, que contribuiu para a “desclassificação” e abertura ao público de muita documentação sobre os OVNIs.
Mas apesar de uma motivação política nada ingénua, há muita qualidade no trabalho apresentado, pois privilegia os factos, as provas e os depoimentos directos sobre as opiniões e os juízos, ou seja, é um livro bem feito e “sério”, como diz o – para mim insuspeito – conhecido divulgador científico, Michio Kaku.
E é isso que nos importa.
O capítulo quatro do livro chama-se “Circled by a UFO by Captain Júlio Miguel Guerra” e é escrito pelo próprio, na primeira pessoa.
O fenómeno ocorre numa manhã luminosa, sem nuvens, a 2 de Novembro de 1982, sobre o avião militar do então Capitão da Força Aérea Portuguesa, Júlio Miguel Guerra [mais tarde transferiu-se, em 1990 e após 18 anos de serviço, para a Portugália].
O seu avião foi circundado, ao mesmo tempo que se deslocava, por um OVNI, durante vários minutos, a Norte da cidade de Lisboa.
Outros dois pilotos de aviões militares, que se encontravam em voo e se aproximaram, testemunharam o acontecido. Em 1983 a Força Aérea Portuguesa promoveu uma investigação, com um grupo de cerca de trinta académicos e cientistas, sobre o caso.
Na altura o Chefe do Estado Maior da Força Aérea era o General Lemos Ferreira, ele próprio testemunha de um avistamento OVNI, em 1957.
Vale a pena ler o livro, que na Amazon se encontra com facilidade, quanto mais não seja pela narrativa de Júlio Miguel Guerra e pelo seu desenho daquele estranho objecto.
Gostaria ainda de sublinhar a coragem de Júlio Miguel Guerra, não apenas pela sua presença de espírito demonstrada naquele dia de 1982, mas também agora por vir a público.
Ricardo Esteves
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