sexta-feira, 10 de julho de 2009

“Terapia ufológica”: Bem ou mal a ufologia?...

Por Flávio Tobler*

Algumas definições encontradas na internet empregam o termo terapia como o tratamento de doenças ou desordens do corpo; psicoterapia; ato, hobby, tarefa ou programa que alivia a tensão. A palavra vem do grego: θεραπεία - "servir a deus". Também como Tratamento cuja finalidade é curar ou aliviar um estado deteriorado, para que o funcionamento normal do organismo se restabeleça. A principio muitos estarão pensando porque o autor está usando esse termo dentro da ufologia. No decorrer destas linhas o próprio leitor aceitará ou questionará meus pensamentos e reflexões sobre esse tema desafiador e que tem provocado o questionamento da nossa sociedade a mais de meio século(1947).

O verdadeiro pesquisador de ufologia, tem como principio básico(muitas vezes ele nem sabe), a constante auto-avaliação de sua trajetória de investigação e teorização do fenômeno ufo. Muitos que se intitulam como ufólogos nem ao menos se perguntaram sobre a sua produtividade dentro da investigação, e acreditam que esse termo se encaixa no seu perfil. Imaginam que é através do acesso a inúmeros sites de ufologia, compra de livros e vídeos que os tornarão mais experientes no assunto. Outros participam em salas de bate-papo e incontáveis grupos fazem vigílias na esperança de verem “naves baixarem”, e finalmente terem as respostas para seus questionamentos. O que tento definir aqui, ou melhor, fazer um panorama da ufologia na atualidade. Os recursos utilizados pela mídia e tecnologia contribuíram muito, mais em contra-partida mantem estagnada uma parte da sociedade que visa obter respostas mais aproximadas sobre estas incríveis manifestações em todo o mundo.

Sabemos da importância dos encontros, simpósios,congressos e palestras que trazem “novas roupagens” do fenômeno ufo. Abordando possíveis explicações diferenciadas para o tema. Muitas mantem coerência e credibilidade no que abordam, já outras chegam ao absurdo. Tornando suas afirmações aproximadas dos sonhos e fantasias. Mais esse constante exercício entre plateia,ufólogos,curiosos e simpatizantes fará bem ou mal a ufologia?...

O lado bom disso tudo é que um conjunto cada vez maior de pessoas interessadas no assunto estão tendo acesso, seja pela internet,lendo artigos ou assistindo documentários e vídeos de credibilidade. Os constantes temas abordados dentro da ufologia abre um leque de pensamentos que antes não eram questionados ou simplesmente passados desapercebidos. Os avanços tecnológicos permitiram uma investigação mais minuciosa nos vestígios deixados pelos supostos engenhos não-terrestres. Praticamente em todo o planeta há relatos dessas aparições. As pessoas que tem nas mãos um meio de comunicação, trocam suas experiencias ou simplesmente fazem sua parte. Deixando o seu relato ou registro para que outros vejam. A própria mídia com um poder mais atuante se encarrega do resto. E rapidamente fatos inusitados chegam aos incontáveis lares do nosso planeta.

Nem sempre com todo esse avanço da cibernética, mundo globalizado,descobertas astronômicas e mentalidade diferenciada sobre os ufos, trazem benefícios. O lado ruim dessa “terapia ufológica”, é que como o termo definido no inicio desse texto, quem será(ão) o(s) “terapeuta(s)” e o(s) “paciente(s)”. Ou ambos estarão num constante exercício de funcionalidade equilibrada. A produtividade dos Pesquisadores em ufologia é primordial para o avanço do tema, mais os constantes relatos das testemunhas é que alimentam novas interpretações do fenômeno. Os falsos vídeos e depoimentos é um golpe devastador, tornando o delicado assunto muitas vezes motivo de deboche e ridicularização. Outro fator negativo é o condicionamento de muitos aceitarem estudos alheios como “donos” da verdade. É preciso sair do ostracismo e das navegações de internet recheadas com pipocas,pizza e refrigerantes, e partir para o campo. Atuando nas cidades, zonas urbanas e interioranas.E até revendo antigos textos bibliográficos. A humanidade precisa questionar, mais também produzir. Superando as deficiências, e vendo que as respostas estarão num conjunto de idéias levantadas por muitos que ultrapassaram as primeiras “quedas”. Os preconceitos fizeram parte do caminho, mas a estrada que antes não tinha acesso, continua a ser construída passo a passo. Mesmo numa constante e aparente escuridão, acreditamos que o amanhecer não tarda. E no romper dos primeiros raios olhando para trás, visualizaremos a dimensão da nossa caminhada planetária.

*Flávio Tobler é membro da UPUPI. Ensaio escrito em 16 de maio de 2009.

contato:flaviotobler@hotmail.com

Núcleo da UPUPI
Maio de 2009

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