terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Do Fundo do Baú: Caso Vicente Lucindo, em 1939. Parte 1

Por: Thiago Ticcetti




Este é um caso pouco conhecido dos ufólogos brasileiros. O trecho a seguir foi publicado no livro: A História do Ocultismo Século XX: Ciência e Futurologia; página 283 - 289:

"Acontecido aqui mesmo no Brasil, há um caso inédito do aparecimento de um OVNI, cujos tripulantes entraram em contato com um simples cozinheiro e lhe fizeram uma revelação espantosa, que se confirmou plenamente. O fato é absolutamente desconhecido dos aficcionados do assunto em nosso país, e muito menos no exterior. Aconteceu no ano de 1939, uns dois ou três meses antes do início da Segunda Guerra Mundial. Na época não se falava em discos voadores e nem eles eram vistos com freqüência com o qual passaram a se mostrar nos anos pós-guerra.

Distante cerca de quinze quilômetros da sede do município de Coroaci, estado de Minas Gerais, num local conhecido como a Serra do Gordo, uma família de garimpeiros tentava descobrir uma jazida de mica, minério de grande ocorrência na região e muito procurado então por vários países do mundo inteiro, principalmente os Estados Unidos, Alemanha e Japão. O Brasil foi um grande exportador de mica nos anos que antecederam a guerra.
Desde o início do ano (1939), a família Lucindo, composta de pai, três filhos rapazes e um genro do velho João Lucindo, abria túneis seguidos na Serra do Gordo, sem conseguir acertar o minério que forçosamente, deveria estar no interior da serra, tendo em vista as suas inúmeras aflorações superficiais na zona explorada.

Em meados de julho, João Lucindo, seus filhos e o genro começavam a desanimar com a exploração, mesmo porque os seus recursos já estavam praticamente esgotados. Aquela face da serra, sujeita ao sol da tarde e portanto mais propícia a conter as esperadas concentrações do minério, já fora furada por túneis de 40, 50 e mais metros de profundidade, em diversos níveis, mais alto e mais baixo, e nada compensador fora encontrado.
Vicente Lucindo, o mais novo dos três irmãos, era o cozinheiro do grupo. Como a barraca que habitavam fora construída a meia altura da serra, ele tinha um logo percurso de descida e subida para se abastecer da água necessária para a sua cozinha e para o abastecimento pessoal de todo o grupo durante o dia. A pequena nascente ficava no fundo de uma grota que se formava no sopé da serra. Naquele dia de julho, Vicente se atrasara em seus afazeres e o jantar saíra muito tarde. Ele ainda tinha que ir buscar pelo menos uma lata de água para o café da manhã seguinte, além da que era necessária para que seu pai e os outros fizessem sua precária higiene matinal antes de se dirigirem para o trabalho.
Começava a escurecer e a lua crescente já aparecia sobre o topo da montanha quando o cozinheiro, lata vazia na mão direita, espingarda cartucheira dependurada ao ombro, começou a descer a trilha íngreme que o levaria à nascente. A espingarda poderia proporcionar-lhe alguma caça para o dia seguinte. Àquela hora não seria difícil que ele surpreendesse um tatu, um coelho, se tivesse mais sorte até uma paca, atravessando distraidamente o seu caminho. Também não era difícil que uma onça pintada estivesse traiçoeiramente escondida entre a capoeira grossa, a cavaleiro da nascente, à espreita de jantar qualquer presa de carne que andasse menos prevenida por aqueles solidões, naquele início de noite. Vicente Lucindo e seus companheiros estavam acostumados a escutar os seus fortes miados nas bocainas da serra, quase todas as noites, quando já estavam recolhidos em suas camas rústicas. Muitas vezes viram-lhes os rastros nas imediações de sua frágil barraca de pau a pique. Mas naquela especial noite de julho ele teria um encontro inesperado, com seres estranhos, contra os quais a sua famosa e respeitada espingarda cartucheira de nada valeria.
E foi assim que ele contou a sua incrível história, que a confirmação física de um dado tornaria verossímil:
'Quando me aproximava da nascente, comecei a ouvir um silvo prolongado, uma espécie de `zziiiiiii` que não fui capaz de identificar com coisa nenhuma conhecida, nada que eu já tivesse ouvido. Comecei a olhar para um e outro lado da trilha, para trás e para frente à procura do que estaria produzindo aquele ciciado. Lembrei-me de olhar para cima e não vi nada. Então pensei que talvez estivesse com algum problema nos ouvidos. Parei à beira da nascente e coloquei a lata no chão. Já escurecera de todo, mas a claridade da luz passando entre as copas das árvores me permitia uma boa visão do local. Lembro-me bem de que eu estava aborrecido e intrigado com o ruído que continuava incessante em meus ouvidos. Abaixei-me para encher a lata de água na bica baixa que tínhamos colocado na nascente. Foi então que notei uma claridade diferente no local. Larguei a lata de repente e me levantei com a espingarda na mão, fiz meia volta em direção à trilha, pronto para disparar contra qualquer coisa que aparecesse. eu tivera a impressão que a claridade fora provocada pelo foco de uma grande lanterna de pilhas, dessas que funcionam com 4 elementos e que muitos garimpeiros apreciam ter para suas saídas noturnas.

Fonte: Fenomenun (Caso originalmente publicado pela editora Abril na obra A História do Ocultismo - Ciência e Futurologia)

Thiago Luiz Ticchetti
Coordenador da Revista UFO Brasil: http://www.ufo.com/

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